1 ano de Blog



O Peso do Metal fez 1 ano! No passado dia 11 de junho fez exatamente um ano em que escrevi o primeiro texto. Este texto vai servir para fazer uma reflexão sobre o que se passou desde dessa primeira tentativa, de passar para o papel (ecrã) todas as emoções vividas em torno da música.

Começou após um desafio que me propuseram, e a verdade é que a vontade de escrever já cá andava há muitos anos. Como muitos outros, e como em muitas coisas na minha vida, fui simplesmente adiando, ou priorizando outros aspetos. Acontece que após um megaconcerto dos Helloween, e toda montanha-russa de emoções que foi ir pela primeira vez a um festival lá fora, decidi simplesmente entregar-me à escrita.

Como já disse no passado, eu escrevo por que me ajuda; escrevo porque gosto; escrevo porque quero escrever. O que escrevo é sempre feito com carinho e com o meu cunho bastante pessoal. O que escrevo vem do coração, e tento sempre transpor o que vai na minha mente e corpo para os textos que publico. Não escrevo para agradar, porém também não escrevo para ofender, eu escrevo apenas porque gosto de o fazer. Não escrevo por visualizações, mas sei que as visualizações são uma forma de avaliação. À partida se várias pessoas vão lendo os meus textos, muitas vezes vários dias após eu spamar pelos canais habituais (redes sociais), é porque algo de interessante deverá habitar por lá. As visualizações também podem indicar que o que escrevo é tão horrível que as pessoas acabam por ler e passar a mensagem por ter ‘piada’ – também não descarto essa ideia. Só que na verdade é que as visualizações, a par com o feedback direto, são a única forma de avaliar. E na verdade quero debruçar-me sobre esses dois critérios: as críticas e as visualizações.


Feedback e críticas


Fui recebendo feedback ao longo destes 12 meses, e fui tentando adaptar a minha escrita à medida que fui recebendo essas dicas de muitos de vós.

A primeira crítica:  os textos eram muito longos, e as pessoas acabavam por se perder um pouco. Tinha todo o sentido de sentirem isso, porque eu mesmo, agora ao ler os primeiros textos fico na dúvida. Mas como tudo na vida no início as coisas raramente saem como idealizamos, e apesar de não estarem como eu hoje os escreveria, deixo-os tal qual como estão. Faço-o não por teimosia, faço-o porque são um lembrete de como era no início, e permite-se avaliar a evolução, ainda que ténue, e permite-me compreender melhor como devo fazer o caminho de melhoria. Relembra-me que foi dali que comecei.

A segunda crítica: as fotos são horríveis. Esta aqui era demasiado evidente, e eu tinha consciência, só que queria preencher a tela com algo. Achava (e continuo a achar) que só texto é pouco cativante aos dias de hoje. As pessoas (comuns, pois sei que há imensas exceções) não gostam de ler, pelo menos atualmente, a esmagadora maioria não o faz. O tipo de conteúdo que faço nos textos, é muito mais fácil de digerir em vídeo, e o que não faltam por aí são canais de Youtube (bons e maus, tanto em língua portuguesa como inglesa). Ora na minha cabeça, colocar umas fotos poderia ajudar a cativar algumas pessoas. Pois bem, a minha reflexão rápida após alguns textos foi de que, essas fotos estavam a espantar mais as pessoas do que a mantê-las pelo blog. Neste texto, apesar do que acima foi mencionado, irei deixar uma foto, daquele que foi talvez o concerto que mais me marcou.

A terceira crítica: é que de alguma forma eu conseguia passar para palavras a atmosfera vivia em concertos (reviews de concertos), ou as emoções captadas pelos álbuns (reviews de álbuns). Este foi talvez o melhor elogio, no que concerne à escrita, que eu poderia receber. Significava que aquilo que eu escrevia fazia sentido para algumas pessoas, e que elas reviam-se nessas palavras. E aqui começava o meu desafio, de conseguir equilibrar esta terceira crítica com a primeira. Tinha de mostrar emoção, todavia não podia ‘escrever de mais’ – e no fundo este tem sido o maior desafio, manter-me fiel ao que quero escrever, porém não alongar-me demasiado.

A quarta crítica: é que eu era demasiado ‘bonzinho’ na escrita, que pinto sempre um quadro demasiado bonito. Eu tenho consciência que escrevo de forma que poderá dar a entender isso mesmo. A verdade é que não estive presente em muitos concertos (e que posteriormente escrevesse sobre eles) em que as coisas tivessem ‘corrido mal’. Há gigs em que a audiência está mais parada que o habitual, houve shows em que a banda parecia não estar a 100%, houve atrasos, houve enganos – houve isso tudo. Mas será que valerá a pena focar nesses detalhes que muitas vezes (com base nos textos que aqui fiz) nem chegam a 5% do que realmente se passou? Contudo, tenho presente essa crítica e vou melhorar esse aspeto doravante, e tentar ser mais ‘justo’ mesmo para aquilo que corre menos bem.


Visualizações e estatísticas


Nestes 12 meses escrevi 21 textos dos quais:

3 reviews de álbuns

5 reviews de festivais

11 reviews de concertos

Foram escritos nos meses de junho, julho, depois ocorreu uma pausa até dezembro, e desde então tenho sido mais assíduo na escrita.


O total de visualizações (à data da escrita do presente texto) é de 2931;

O texto mais visualizado foi o de Alvalade Arise 2024 com 339;

O segundo mais visualizado foi o de Alvalade Arise 2023 com254;

O terceiro mais visualizado foi o do Mad Fire Fest 2024 com142;

A review de álbum mais lida foi dos Azzaya com ‘I Begin’ com116;

A review de concerto mais lida foi Abbath + Toxic Holocaust+ Hellripper com 104;

O texto menos lido foi do concerto dos Royal Blood com 15;

O texto que mais gosto me deu escrever foi o dos Pantera com 43;

O primeiro texto foi o dos Helloween no Z! Live Rock Fest com 64.


Eu tiro algumas ilações com apenas estes dados:

1)      Reviews de fests mobilizam mais visualizações, porque há mais bandas envolvidas e como tal é mais uma forma de promover o seu trabalho. As próprias organizações recebem de alguma forma uma avaliação de alguém de fora que poderá servir para cativar futuros festivaleiros;

2)      Reviews de álbuns mobilizam muita gente, pois as próprias bandas têm um feedback escrito, e podem espalhar a palavra utilizando-o e como tal chegar a novos ouvidos;

3)      Esta aqui é um bocado stretch mas… os fãs de Black e Thrash Metal tendem a consumir mais este tipo de conteúdo.

Estas conclusões podem não estar certas, pois eu disponho apenas destes dados. Além disso, as pessoas que chegaram ao meu blog podem ser apenas leitores que tendencialmente poderão consumir mais este género de textos. O que quero dizer é que se partilho o texto com 50 pessoas e 48 delas ouvem Black ou Thrash Metal, poderei ficar com a impressão de que este é o género mais consumido em termos de texto, no entanto isso só é verdade atendendo à amostra – enfim não me vou alongar com detalhes de estatística, contudo acho que percebem o meu ponto, as conclusões devem ser tiradas, contudo, muito cautelosamente. Mas para mim é manifesto que aquilo que se propaga com maior alcance são reviews de fests.

 

O meu objectivo para este ano é conseguir chegar às 5000 vizualizações. Não falta muito é verdade, todavia o caminho nunca é tão fácil como pensamos inicialmente. É um objectivo que tenho para mim mesmo, desde o ínicio do ano, e espero muito conseguir cumprir.

Tenho um desafiio auto-imposto de escrever uma média de 2 textos por mês, que nem sem é fácil de cumprir, contudo farei o que estiver ao meu alcance para o atingir.

 

Quero aproveitar para agradecer a todos os que leram e me deram o seu feedback. Quero deixar um grande obrigado, a todos os que me motivaram no início, e ainda hoje, para continuar a escrever. Agradeço a vossa paciência e ajuda na passagem da palavra. Quero pedir desculpa pelo spam excessivo, porém eu prefiro ser chato do que ficar chateado eheh

Quero também pedir-vos para me aconselharem sempre que quiserem, e estão sempre à vontade para me fazer sugestões. Sejam formas de melhorar o blog e os textos, seja de músicas novas e bandas.

Venham daí mais fest, mais gigs e mais música brutal!

No fundo é isto que é Metal! É isto que é O Peso do Metal! 

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