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Review de ‘Piss&Love’ dos Serrabulho

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       Se há algo nesta vida que nos faz sorrir são as músicas dos Serrabulho. Boa disposição, humor e muita animação estão sempre presentes, e para além disso, há sempre um nível demiúrgico no que toca à criatividade. A banda formada por Carlos Guerra na voz, Guilhermino Martins no baixo e Ivan Saraiva na bateria.      A capa do álbum demonstra imediatamente o humor típico, a que a banda já nos habituou. Os 3 membros da banda a urinarem, de modo que esse xixi forme o símbolo da paz e amor (fica assim desmistificado o título do álbum).      Grindcore poderá não ser o vosso género, contudo, convido-vos a ouvir a banda, mais precisamente ao vivo (onde cada um poderá fazer parte da festa, porque Serrabulho é muito mais do que uma banda de Grindcore, eles são os reis da FESTA). Agora é tempo de mergulhar neste álbum fresquinho, venham daí.   1 “Erosvision”      Inicia-se com o hino da Eurovisão que rapidamente s...

Resumo do mês de maio

Este tipo de texto acaba por ser uma melhoria daquilo que tinha feito no mês anterior, intitulado por “descobertas do mês”. Estive a reflectir e mais vale falar sobre o mês no geral, em vez de apenas as “descobertas”, pois muitas nem eram descobertas. Então aqui vamos! Vou dividir por secções: Concertos e festivais Mais ouvidas Descobertas   1. Concertos e festivais Maio foi um mês bastante rico em concertos, tanto pela qualidade como pela diversidade sonora.   Eyehategod (Sludge Metal) Reis e um dos nomes fundadores do Sludge Metal. São uma das melhores bandas para se mergulhar no som pantanoso de Nova Orleães. É distorção e feedback até dizer chega, sempre com uma forte mensagem nas suas letras, que no fundo descrevem os problemas do quotidiano dos residentes daquela região, que acaba por se refletir em tantos outros pontos do globo. Esta tour que passou pelo RCA Club em Lisboa, foi uma ótima oportunidade para os fãs e para quem quisesse conhecer o se...

1 ano de Blog

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O Peso do Metal fez 1 ano! No passado dia 11 de junho fez exatamente um ano em que escrevi o primeiro texto. Este texto vai servir para fazer uma reflexão sobre o que se passou desde dessa primeira tentativa, de passar para o papel (ecrã) todas as emoções vividas em torno da música. Começou após um desafio que me propuseram, e a verdade é que a vontade de escrever já cá andava há muitos anos. Como muitos outros, e como em muitas coisas na minha vida, fui simplesmente adiando, ou priorizando outros aspetos. Acontece que após um megaconcerto dos Helloween, e toda montanha-russa de emoções que foi ir pela primeira vez a um festival lá fora, decidi simplesmente entregar-me à escrita. Como já disse no passado, eu escrevo por que me ajuda; escrevo porque gosto; escrevo porque quero escrever. O que escrevo é sempre feito com carinho e com o meu cunho bastante pessoal. O que escrevo vem do coração, e tento sempre transpor o que vai na minha mente e corpo para os textos que publico. Não esc...

Reportagem: Alvalade Arise 2024 – 04/05/24

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  O Festival de Metal em Alvalade do Sado, revelou-se no ano passado uma das maiores surpresas positivas em termos de festivais. Pelo que a minha expectativa era bastante elevada. E não é que, a edição de 2024 superou a do ano passado! O meu texto vai cingir-se apenas aquilo que pude assistir, e peço desde já desculpa às bandas que não consegui assistir. Nomeadamente aos: Mercic, Unexist, Suspeitos do Costume, Morbid Death, Trinta & Um e aos Tiborna. Ainda assim acredito que a qualidade se tenha mantido nas bandas que não pude assistir. Aproveito para dizer que há uma aposta forte e muito bem conseguida, em passar de um dia apenas, para dois em termos de festival. Crab Monsters e seu Hardcore estonteante A primeira banda que pude assistir foram os Crab Monsters. Apenas 10 segundos e percebeu-se logo que esta malta vinha cheia de vontade de destilar o seu Hardcore por todo o Alentejo – e assim o fizeram. Apesar do Sol e calor existente a esta hora o seu ânimo não foi meno...

Descobertas do mês de abril

Lembrei-me de criar algo deste género, para no fundo partilhar aquilo que foram as bandas que acabei por descobrir. Descobrir é uma palavra poderosa, e vou acabar por incluir aqui as redescobertas também. Vou tentar explicar. Descobrir, no sentido de que nunca tinha ouvido falar, ou seja, o primeiro impacto com a banda. Redescobrir, no sentido de que já tinha ouvido qualquer coisa da banda, mas nunca tinha dedicado tempo suficiente para apreciar, ou simplesmente quis voltar a mergulhar os meus tímpanos lá. De forma a não tornar isto demasiado complicado, tanto para mim, como para quem eventualmente vá ler, decidi colocar apenas um top 5. Top de bandas, álbuns e músicas, podendo ocorrer redundâncias naturalmente. Havendo espaço para o material nacional. Top 5 bandas de abril Saint Vitus Uma das bandas mais influentes do Doom Metal. A minha descoberta por esta banca ocorreu pela minha curiosidade pelo Doom. Não sendo um grande conhecedor de tudo, porém digamos que sou um simpat...

Reportagem: ANZV + Dallian – RCA, Lisboa – 13/04/24

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     Havia a dúvida se a adesão a este evento seria significativa, uma vez que as hordas metaleiras poderiam dividir-se entre este evento e o Almada Death Fest. Pois bem, quem não foi ao RCA perdeu uma das melhores noites, de sempre, de puro Metal.      A noite começou um pouco mais tarde do que estávamos à espera, mas valeu a pena. Pois foi uma bujarda daquelas, que quando se sai da sala ficamos horas a descomprimir as emoções vividas.      A banda que nos deu a honra de iniciar todo este processo mágico-musical foram os Dallian. Os Dallian apresentam-se como uma banda de Death Metal Sinfónico, e ao entrarem em palco a sua indumentária faz-nos imediatamente lembrar os Fleshgod Apocalypse, mas muito mais ‘steam punk’ . Em palco esteve o quarteto, que no fundo teve na bateria André Fragoso, e depois nas 3 guitarras de 7 cordas Leandro Faustino (guitarra de solo), Ricardo Caniça (backing vocals) e Carlos Amado (vocalista).    ...

Review de ‘Resurge from Underneath’ dos Resurge

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     Old School Death Metal é daquelas coisas que faz mexer com todos os fãs do metal. Death Metal é bom, mas se for à moda antiga até sabe melhor. E é mesmo isso que os Resurge trazem com este álbum, que o nome diz tudo. Acaba por ser bastante simbólico dado a forma como a banda se formou, aliás até o próprio nome da banda. A banda surge após o término dos Underneath, e esta nova formação ‘ressurge’ assim dos Underneath, bom vocês percebem a ideia, ideia que é muito engenhosa e bastante simbólica, acrescenta-se.      Formada pelo Vocalista David Bento, o Guitarrista Luís Neves, o Baixista Sérgio Garraio e o Baterista Ricardo Neto. Este quarteto promete espalhar o seu som poderoso, pelo mundo.      Olhando para a capa temos logo uma impressão obvia de que se trata de OSDM, pois faz-nos lembrar as capas dos álbuns do início dos anos 90, finais dos 80. A capa é muito sombria e transmite esse tipo de sentimentos de forma bastante intensa, e há d...