Royal Blood – O pontapé de saída perfeito para a 2ª metade do ano

 Quem os viu no ano passado no passeio marítimo de Algés, a abrir para Metallica, sabe que esta dupla não brinca em palco. E hoje no Campo Pequeno não se espera menos. 

    Os mais atentos sabem que quando soa “Love to Love You Baby” de Donna Summer significa que estará prestes a iniciar uma dose de um rock moderno de tonalidade bastante rítmica e um belo groove protagonizado por um baixo e uma bateria.

    Arrancam com a “Hole” música que complementa o 2º single “Little Monster” lançado em 2014 pela banda. Sem delongas avançam para “Come on Over” do 1º álbum. Dizem um ‘olá’ rápido, o público recebe-os calorosamente e avançamos em conjunto para “Boilermaker” do álbum mais recente da banda Typhoons de 2021, onde todos entoam as notas da introdução hipnótica. O groove desta música é inegável, e o peso desta música é convidativo - os fãs respondem perdendo a cabeça e começam um mosh pit que em tudo faz lembrar um concerto de metal. A energia está em rubro no campo pequeno.




    Trazem-nos “Lights Out” do 2º álbum – e em uníssono no Sagres Campo Pequeno todos cantam o refrão como se não houvesse amanhã e entoam a melodia do solo de baixo. Deixam-nos com “Mountains at Midnight” o último single lançado pela banda, em maio do presente ano, mas que irá certamente pertencer ao futuro álbum Back to the Water Below (agendado para setembro deste ano). Voltamos ao álbum Royal Blood com “You Can Be So Cruel”, para logo de seguida sermos abordados por Mike Kerr dizendo que já sabiam que Portugal iria ser um local importante, e como tal somos prendados com uma estreia ao vivo do tema “Pull Me Through” (que deverá constar no novo álbum de setembro). Lisboa agradece e vibra em conjunto ao som deste novo tema.




    Voltamos ao 3º álbum com “Trouble’s Coming” e “Typhoons” e os presentes mostram que sabem as letras todas. Passamos para “Loose Change” e “Little Monster” do álbum homónimo da banda, nesta segunda ouvimos Lisboa em peso a cantar a música. E entrega-nos imediatamente um excelente solo de bateria protagonizado por Ben Thatcher. Brindam o público com o tema “How Did We Get So Dark?” seguido de “Limbo” e por “Ten Tonne Skeleton”, a seguir a este último o público atira uma bandeira, que servirá de ornamento para Bem para o resto do concerto, que lentamente, mas simultaneamente a uma velocidade vertiginosa se aproxima do final. Fecham o 1º ciclo com “Figure It Out” e despedem-se, mas de forma pouco convincente. Todos no Campo Pequeno sabiam que eles deveriam voltar, entretanto.



    Serviram um encore com 2 temas: “All We Have Is Now” e a mais famosa canção “Out Of The Black” com uma bateria poderosíssima e um baixo esmagador. E os fãs dão tudo neste encore e há direito a circle pit que fará inveja a muitos concertos pesados.




    Foi um concerto maravilhoso por uma banda incrível que tem vindo a cativar fãs dos vários quadrantes da música, desde os fãs do rock puro e duro, desde os fãs do blues e até aos fãs de música mais pesada. Têm uma sonoridade que parece simples, mas é bastante complexa; têm uma musicalidade enigmática, mas que é bastante acessível.



    Para quem não os viu nunca, só me resta recomendar vivamente, pois não se irão arrepender. Se é energia que procuram, Royal Blood será aquilo que precisam certamente.

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